sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Educação



O ano de 2012 há poucos dias se iniciou e nas ruas logo percebemos pais afoitos para comprar o material didático de seus filhos, o que indica que logo logo mais um ano letivo que se inicia. Já me formei no segundo grau há pouco mais de dois anos e até hoje me pergunto se não deveria haver uma mudança nas matérias lecionadas nessa época tão importante em nossas vidas.
Pessoalmente, acho incrivelmente errado preparar uma criança para o vestibular, ensinando-lhes Física, Química, Sociologia, Filosofia e outras. Vestibular é uma etapa de nossas vidas, que nem todos vão passar. A escola deve preparar o aluno para a vida, onde há matérias mais importantes do que as supracitadas.
Ao invés de ensinar-lhes Sociologia e Filosofia, ou seja, o que certas pessoas pensaram e escreveram em vida, deveria lhes ensinar Antropologia, matéria que serve para melhorar o relacionamento entre pessoas, ensinando-lhes respeitar o diverso, ou seja, aquele que não possui o mesmo gosto, opinião, costume.
Ao invés de ensinar-lhes Física e Química, matérias que não possuem utilidade na vida adulta da pessoa (a menos que cursam ensino superior na área), deveria lhes ensinar Direito, mesmo que o básico - para lhes ensinar seus direitos básicos, na área penal, civil e de consumidor, principalmente, mas também lhes ensinar os deveres - e Política, para aprender a formar uma opinião política suficiente para que este aprenda a votar. Deveria-lhes ensinar também Ética, para aprender a respeitar os demais seres vivos - não somente os humanos, além de ensinar-lhes outros valores.
Ao invés de terem Ensino Religioso, deveriam aprender um pouco sobre cada religião; assim, entendendo-as, o preconceito com as religiões diversas seriam menores. Deveriam retirar Educação Física e ensinar-lhes Defesa Pessoal - é mais útil, principalmente em uma sociedade violenta como a nossa.
E lembre-se: ensinar valores a crianças é o melhor remédio para que estes sejam melhores pessoas no futuro.

2 comentários:

  1. Hmmm... Sobre "não deveriam lhes ensinar sociologia e filosofia, mas antropologia", discordo. Tanto pela função da antropologia não ser a de "melhorar o relacionamento entre pessoas" mas de estudar e compreender diversas culturas, como a possibilidade de abordá-la esteja inserida no quadro da sociologia que também faz parte das ciências sociais, e ainda mais na filosofia, onde dever-se-ia abordar o aspecto "ética", já que tal campo de estudo concerne a esta área do conhecimento, tanto como a temática política, já que não se ensina política em si, mas a pensar, refletir sobre a política. E acerca do "ensino religioso", a questão não seria no lugar de "ao invés de" utilizar esse espaço para gerar essa compreensão de religiões diversas? E não seria o estudo de aspectos de ciências básicas como a física e da química útil para não nos tornar ignorantes em relação as próprias criações humanas e reféns dos "especialistas", por exemplo? Ou ignorantes sobre a natureza das coisas que estão no mundo em que vivemos? Creio que a educação, o ensino das mais diversas especificidades deveriam preparar o ser humano não só para a sua vivência no mundo, em sociedade, mas para a sua emancipação, sua reflexão crítica. E para isso, todos os aspectos citados (tanto os que, de certa forma, são "trocados" por outros durante o texto, quanto os outros que são acrescentados) são indispensáveis.

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  2. Falar sobre um assunto desses é andar sobre gelo, e no seu caso, escorregar. Você generalizou várias áreas do conhecimento, como se tivessem apenas uma utilidade, e sabemos que as coisas não são tão reducionistas assim.
    Quanto à sua crítica sobre o vestibular, essa sim me parece de alguma consistência. Espero que não leve meu conselho a mal, mas sugiro que leia alguns artigos sobre à escola da ponte de Portugal.

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