segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Espectador e ator principal do espetáculo da vida

“Nunca viva para ser um mero espectador da vida alheia, seja o ator principal de sua vida, por mais difícil que seja”. Com essas palavras, meu pai me ensinou algo que, a princípio, eu possa não ter entendido, mas hoje é minha filosofia de vida.
Já se faz bons anos que meu pai proferiu aquelas palavras. Entretanto, hoje, mais que nunca, elas estão vivas dentro de mim, porque eu saí das asas dos meus pais e comecei a encarar o mundo.
Desde que eu comecei a encarar o mundo, quebrei a cara inúmeras vezes, chorei por desilusões, entristeci por fatos. Mas que mal há nisso? Isso é viver! Quebrar a cara significa aprender com o fracasso; chorar significa lavar os ferimentos da alma; entristecer-se significa mostrar ao mundo que você está com problemas e que necessita de ajuda, de amparo, de um ombro amigo para desabafar. Viver sem passar por essas experiências dolorosas não é viver, é apenas assistir, ser um mero espectador da vida alheia. E não, não podemos simplesmente assistir aos outros viverem, nós também temos que viver, correr atrás de nossos sonhos, significa errar, chorar, entristecer-se, quebrar a cara, mas, acima de tudo, significa no final ganhar o mundo, mostrar ao mundo de que nossa passagem por aqui será lembrada por todos.

Postado por Rodrigo Picon
Contato: rp_dex@hotmail.com

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Proclamação da República

Hoje são 15 de novembro de 2010. Há exatos 121 anos, a população do Rio de Janeiro via incrédula a Proclamação da República. Incrédula e inerte, porque não foi uma revolta popular, como as Revolução Francesa e Russa, mas sim uma revolução da oligarquia brasileira, ou seja, da burguesia, da elite brasileira. E essa falta da participação popular na proclamação da República mostra seus frutos nos dias de hoje.
Já se passaram 121 anos desde que o Marechal Deodoro da Fonseca derrubou o governo do imperador D. Pedro II e nunca ouve-se falar de participação popular em quaisquer assunto político. Ou seja, como o povo não se manifestou a favor do novo regime 121 anos atrás, ele nunca ligou para como o governo estava andando. Muitos, aliás, só votam por obrigatoriedade. Nem mesmo o exercício básico na vida política boa parte da população manifesta interesse. E hoje percebemos claramente os problemas causados pela ausência do interesse da população na vida política.
Essa ausência de interesse é tão gritante que a nova geração, a que ainda está por vir votar daqui a poucos anos, não tem a menor noção do que é uma República. Eles não têm consciência do próprio regime em que vive, regime que quem governa é o presidente, eleito democraticamente pelo povo. Como essa geração poderá votar daqui a três, quatro anos, se não tem a menor consciência do próprio regime em que vive? Tudo isso mostra a ausência da participação popular não só na derrubada daquele regime, mas em todos os outros, como Revolução de 30, a derrubada do Getúlio Vargas em 1945 ou a derrubada do regime ditatorial em 1985.

Postado por Rodrigo Picon
Contato: rp_dex@hotmail.com

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dias de luta, dias de Glória...

A cada dia surge vários obstáculos diferentes em nossa vida  para serem vencidos. Esta situação pode ao longo do tempo trazer um certo desanimo ao que ainda está por vir. Mas é necessário continuar seguindo em frente pois a vida não para. Se você reparar há pessoas que acreditam e dependem de você. Pessoas que não vão deixar você sozinho e que vão te apoiar em qualquer momento, seja difícil ou não.
Faça uma relação da vida de qualquer pessoa com uma guerra. O vencedor não é aquele que de repente resolve decidir o conflito em pouco tempo, mas sim aquele que se empenha em cada batalha para sair com a vitória.O custo para isso é sempre estar pronto para seguir em frente. Cada gota de suor vai ser recompensada no final das contas e cada gesto de desanimo diminui as chances do sucesso em uma jornada.
Porém nunca pense que a vida se resume a apenas uma direção. Não se esqueça dos seus verdadeiros amigos e principalmente de sua família. Pois eles são as pessoas que importam com você. Lembre-se que para alcançar a vitória em uma guerra é preciso vencer as pequenas batalhas e as pessoas que te apoiam são essenciais para a continuação de sua caminhada.
Seguir em frente é valorizar tudo aquilo que você cativou por tanto tempo. Desistir e jogar fora horas e horas de sua vida. Pense bem no que irá fazer pois uma escolha em um mal momento pode destruir o que você tanto cultivou.

Escrito por Douglas R. S. Andrade
Contato: douglas_rsandrade@hotmail.com

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O mendigo

Desde criança, já vi muitos mendigos pela cidade, todos maltrapilhos e esfomeados, mas, como aquele, jamais vi. Era o mais maltrapilho e o mais esfomeado mendigo que eu já vi em toda a minha vida. Ele andava bastante fétido, suas roupas eram um pedaço de pano velho jogado sobre aquele corpo mirrado. A visão era tão funesta, que todos o evitavam ao máximo.
Um dia, como todos os dias, eu estava andando pelas ruas quando o avistei, andando pelas ruas pedindo dinheiro, mas nada conseguindo. Foi quando eu vi dois rapazes passarem pelo mendigo e um deles o derrubar. Assim que o pobre coitado caiu no chão, os dois saíram rindo, debochando da humilhação do outro. Irritado com a desumanidade daquela dupla maldita, saí correndo até o mendigo – o único a fazer isso, os demais apenas observavam – e o ajudei a se levantar.
- Você se feriu? – perguntei
- Não, meu filho. Estou bem! – ele me respondeu. Por mais incrível que parecesse, ele emanava uma calma celestial – Muito obrigado! Que os céus olham para ti com toda bondade que hoje você olhou para mim!
Aquela frase me deixou encucado durante semanas, meses, anos... O que será que ele quis dizer com aquilo?
O mendigo partiu, não só daquele lugar, como de entre nós, tempos depois, deixando comigo aquela bênção estranha. Duas semanas depois, fui chamado para trabalhar em uma multinacional, onde hoje sou gerente, conheci a garota mais linda e simpática e hoje sou o sujeito mais feliz do mundo.
Lembra-se da dupla de desalmados, aqueles que vilipendiaram o pobre mendigo? Pois bem, o que não empurrou, apenas riu, perdeu a cabeça em um dia, matou a própria mãe e hoje, preso, está louco de remorso; o outro, teve a família inteira assassinada, perdeu tudo e hoje vive nas ruas, como mendigo e todos o vilipendia como ele, tempos atrás, vilipendiava os mendigos.

Escrito por Rodrigo Picon
Contato: rp_dex@hotmail.com