segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Proclamação da República

Hoje são 15 de novembro de 2010. Há exatos 121 anos, a população do Rio de Janeiro via incrédula a Proclamação da República. Incrédula e inerte, porque não foi uma revolta popular, como as Revolução Francesa e Russa, mas sim uma revolução da oligarquia brasileira, ou seja, da burguesia, da elite brasileira. E essa falta da participação popular na proclamação da República mostra seus frutos nos dias de hoje.
Já se passaram 121 anos desde que o Marechal Deodoro da Fonseca derrubou o governo do imperador D. Pedro II e nunca ouve-se falar de participação popular em quaisquer assunto político. Ou seja, como o povo não se manifestou a favor do novo regime 121 anos atrás, ele nunca ligou para como o governo estava andando. Muitos, aliás, só votam por obrigatoriedade. Nem mesmo o exercício básico na vida política boa parte da população manifesta interesse. E hoje percebemos claramente os problemas causados pela ausência do interesse da população na vida política.
Essa ausência de interesse é tão gritante que a nova geração, a que ainda está por vir votar daqui a poucos anos, não tem a menor noção do que é uma República. Eles não têm consciência do próprio regime em que vive, regime que quem governa é o presidente, eleito democraticamente pelo povo. Como essa geração poderá votar daqui a três, quatro anos, se não tem a menor consciência do próprio regime em que vive? Tudo isso mostra a ausência da participação popular não só na derrubada daquele regime, mas em todos os outros, como Revolução de 30, a derrubada do Getúlio Vargas em 1945 ou a derrubada do regime ditatorial em 1985.

Postado por Rodrigo Picon
Contato: rp_dex@hotmail.com

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