sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O Maior Mal do Brasil




Todo país, por menor ou desprezível que seja, possui algo que o destrói - um mal; seja este mal uma doença, uma ditadura, não importa. Todo país tem um mal que o retira do patamar de perfeito para colocá-lo no patamar de imperfeito. E o Brasil não é diferente, pois ele também possui o seu mal, aquele que traz à sua sociedade os seus maiores problemas. E o mal do Brasil é o seu povo.
Sim, foi exatamente isso que você leu. O maior mal do Brasil é o brasileiro. Muitos, neste momento, estarão pensando que o maior mal do Brasil são os políticos corruptos, mas não são eles - não que eles não sejam um grande mal. O maior mal, aquele que mais destrói o país, é o próprio povo que o compõe. E será explicado o porquê.
O brasileiro é criado de uma maneira que ele, sempre que possível, deverá ganhar às custas do outro - ou seja, sempre que a situação lhe for favorável, o brasileiro fará de tudo para ganhar uma vantagem em detrimento de outrem, seja não devolvendo o troco ou não devolvendo o bem de outrem que encontrar, seja colocando como esforço ou trabalho próprio, esforço ou trabalho alheio, entre outros tantos métodos possíveis. O brasileiro não é honesto, o brasileiro não foi criado para ser honesto; pelo contrário, o brasileiro foi criado para que tudo na vida "se dá um jeitinho". Ser íntegro, honesto, devolver o troco e o bem de outrem que achar, não ganhar vantagem em detrimento de outrem é ser "estranho", ser "diferente", é ser motivo de chacota.
Além do mais, o brasileiro sequer cumpre as leis que lhe são impostas - deve-se ressaltar que a lei serve para apaziguar os conflitos entre as pessoas, em troca de uma paz comum. Mas o brasileiro não respeita as leis do Brasil - mesmo depois fazendo um discurso sensacionalista sobre "como é vergonhoso a imensa violência que assola o país" ou "como é vergonhoso a corrupção que destrói a segurança, a educação e a saúde dos brasileiros". Se o próprio brasileiro não cumpre a lei, não há porque se esperar que outros a cumprem.
O empregador brasileiro não respeita os direitos de seus empregados; o motorista brasileiro não respeita os semáforos e os limites de velocidade dos lugares onde trafegam, isso quando não dirigem alcoolizados; grande parte dos funcionários públicos são facilmente corrompidos, ou pela peita, ou pelo cargo que exerce, sentindo-se superiores à lei; os menores brasileiros bebem e fumam, sob o aval do país. E novamente é dito: aquele que cumpre exemplarmente a lei, é tachado como estranho, diferente ou é motivo de chacota.
Todos colocam a culpa dos problemas existentes no Brasil nas costas dos políticos brasileiros - seja a falta de infraestrutura básica; seja a falta de segurança, saúde ou educação; seja o aumento da criminalidade; seja a corrupção; seja a politicagem, não importa. Entretanto, deve-se lembrar de que os políticos vieram do meio do povo, para representá-lo. E o político nada mais é do que o representante do povo que o elegeu, o político nada mais é do que o espelho da sociedade em que ele vive. Se os políticos do Brasil são corruptos, nada mais é porque o povo brasileiro é corrupto. A única diferença entre um político que desvia milhões da verba destinada, por exemplo, à saúde e alguém que não devolve cinco reais de troco, é que o primeiro teve oportunidade de desviar para si um montante maior de dinheiro. Contudo, caso o segundo estivesse no lugar do primeiro, certamente desviaria da mesma forma o mesmo montante.
Para que o Brasil mude, para que a corrupção acabe, não é apenas trocar os políticos que governam esta nação, é necessário que se faça uma revolução, não de armas, mas de cultura, para que tome parte da cultura do povo brasileiro a moral, a honestidade e a integralidade.

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